terça-feira, março 08, 2005

VIRIATIS - vol. I, nº I, ano de 1957 (1/12)


capa e contracapa


verso da capa e verso da contracapa

Capa e contracapa do primeiro número da revista VIRIATIS, datado do ano de 1957, uma criação de Fernando Russell Cortez, um dos directores do Museu de Grão Vasco.

Aqui vão ser "re-editados" todos os números publicados em papel, por duas razões: a primeira, pelo valor dos documentos; a segunda, de natureza sentimental: sinto ser devida essa homenagem ao meu querido amigo Fernando Russell Cortez, já falecido, que considero uma das personalidades mais fascinantes da história de Viseu.

Comecemos pelo
ÍNDICE, APRESENTAÇÃO e À MEMÓRIA do Nº I do VOL. I

ÍNDICE

- Fernando Russell Cortez, “Mestre Arnao de Carvalho, entalhador flamengo - 1506-1533”, pág. 10
- F. de Almeida Moreira, “A Contribuição, de Fevereiro de 1633, da Diocese de Viseu, para acudir às necessidades do Estado da Índia”, pág. 16
- A. de Almeida Coutinho, “A Colecção Columbano do Museu de Grão Vasco”, pág. 20
- Manuel Joaquim, “O claustro superior da Sé de Viseu”, pág, 24
- Fernando Russell Cortez, “Contributo para o estudo da hierologia pré-romana da Beira», pág. 33
- José Cid Tudela, “Sugestão para o arranjo da Secção de Escultura do Museu de Grão Vasco”, pág. 44
- Fernanda Maria Russell Cortez, “Protecção para o Barco Rabelo”, pág. 50
- Fernando Rusell Cortez, “Picius, divindade pré-romana de S. Pedro de Lourosa», pág. 52
- Fernando Rusell Cortez, “Restos paleo-cristãos nas Termas de S. Pedro do Sul”, pág. 54
- Fernando Rusell Cortez, “Viriatis e Viriatus”, pág. 55
- “Noticiário”, pág. 58.

APRESENTAÇÃO

O aparecimento desta Revista é a pública demonstração da actividade científica e cultural que tem vindo a desenvolver o Museu de Grão Vasco, visando uma maior valorização e notoriedade para o seu património.
Somatório de desinteressados esforços torna possível o seu aparecimento público, com modesta dignidade embora, sem alarde, sem a pretensão de fazer obra que possa competir com outras e anteriores publicações. Mas, porque não falta ao seu organizador a consciência das responsabilidades que assume, não se resiste a repetir o que os antigos pensavam acerca do destino das publicações.

HABENT SUA FACTA LIBELLI

Entenderemos cumprir, se num futuro próximo qualquer das tarefas iniciadas pelo Museu for acompanhada e realizada por um trabalho de equipa e, como a sua verdadeira missão não pode ser atingida por simples esforço individual, por mais abnegado e profícuo que seja, procura-se intensificar as relações com similares núcleos de investigação artística e de difusão cultural.
A carência de visão universalista, esteriliza os melhores esforços locais. Com a publicação de VIRIATIS procura-se tal evitar, criando, através das suas páginas, as precisas condições de relação: - Em primeiro lugar e lògicamente, arquivará os resultados das actividades culturais levadas a efeito pelo Museu, sem que engeite a sua missão informativa de traduzir o estado actual da investigação artística e arqueológica.
Prestimosas e dedicadas colaborações promovem a presente publicação que procurará constituir, uma crónica sumária das actividades desenvolvidas pelo Museu de Grão Vasco, simultânea a um arquivo de materiais e trabalhos autorizados sobre a Beira, como região natural de que o Museu é elemento de cultura.

À MEMÓRIA DE ALMEIDA MOREIRA e ALBANO COUTINHO

É minha intenção relembrar as pessoas dos directores mortos que me antecederam na orientação do Museu de Grão Vasco.
Memoro a lembrança da sua passagem pelo Paço dos Três Escalões, recordando as suas múltiplas actividades, o seu alto interesse em ampliarem o valor cultural do Museu.
Almeida Moreira infatigável defensor do nosso património artístico, estrénuo organizador do Museu, insatisfeito no seu ecléctismo artístico, absorvente, quantas vezes, quando pensava em enriquecer a entidade que vira nascer.
Albano Coutinho, outro temperamento, não menos de artista, com menos exuberância e pública projecção, igualmente, com segurança, sempre norteou as suas actividades para o melhor rumo, dentro de outro e ocasional condicionalismo, que permitisse uma real valorização do património que lhe fora confiado para defender e aumentar.

Fernando Russel Cortez
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